Em 2025, os juros imobiliários seguem como um dos fatores que mais pesam na decisão de quem pensa em financiar um imóvel.
Atualmente, as taxas cobradas pelos principais bancos estão entre 11,29% e 13,50% ao ano + Taxa Referencial (TR), mas o valor final depende de variáveis como prazo do contrato, relacionamento com a instituição e o perfil de crédito de cada comprador.
Essa variação não acontece por acaso. O comportamento do mercado de crédito continua ligado à taxa Selic, que serve como base para definir o custo dos financiamentos no país. Quando a Selic sobe, os juros do financiamento tendem a acompanhar. Quando recua, abre espaço para negociações mais favoráveis e pode facilitar o acesso ao crédito.
Para quem pensa em comprar ou investir em um imóvel neste ano, acompanhar essas mudanças faz diferença. Afinal, uma variação de alguns pontos na taxa pode impactar diretamente o valor das parcelas e o custo final do contrato, mudando o momento ideal para fechar negócio.
Então, quais são as previsões de juros e como está o mercado imobiliário em 2025? Continue a leitura e fique por dentro!
Navegue pelo conteúdo:
- O que são juros imobiliários?
- O efeito da taxa Selic sobre os juros imobiliários
- Qual a taxa de juros imobiliários hoje?
- Histórico das taxas de juros imobiliários nos últimos 12 meses
- Qual banco oferece as menores taxas de juros imobiliário em 2025?
- Como escolher a melhor taxa de juros?
- O impacto dos juros imobiliários no seu bolso
- O que esperar do mercado imobiliário em 2025?
- Encontre imóveis para financiar com os menores juros imobiliários
- Conclusão
Leia também: Selic em alta pode ser oportunidade para investidores de imóveis: entenda os efeitos dos juros no mercado imobiliário
O que são juros imobiliários?

Em primeiro lugar, os juros imobiliários são uma taxa aplicada sobre o valor emprestado para a aquisição de uma casa ou apartamento.
Eles representam o “custo” do dinheiro, ou seja, o quanto a instituição financeira receberá a título de remuneração pelo crédito concedido. Ao mesmo tempo, essa alíquota compensa os riscos de inadimplência.
Basicamente, as taxas de juros imobiliários podem ser fixas ou variáveis.
Enquanto as fixas permanecem constantes durante todo o pagamento da linha de crédito, as variáveis sofrem reajustes conforme algum índice de mercado, como o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), Taxa Referencial (TR) ou Selic.
Além disso, os juros imobiliários podem ser classificados como:
- Taxa nominal: é a taxa de juros que aparece no contrato, sem considerar correções ou outros fatores;
- Taxa real: é a taxa ajustada pela inflação (IPCA), mostrando o custo do financiamento de forma mais próxima da realidade;
- Taxa efetiva: é a taxa que mostra quanto você realmente paga quando há capitalização de juros, resultado da conversão da taxa nominal.
De toda forma, mesmo que você conheça a taxa de juros do seu contrato, é importante sempre analisar o Custo Efetivo Total (CET). Ele representa o valor que você realmente vai pagar, já que inclui juros e encargos.
O efeito da taxa Selic sobre os juros imobiliários
A taxa básica de juros do país, a Selic, definida pelo Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central, serve como referência para todos os empréstimos e financiamentos do país.
Isso ocorre porque a Selic é uma remuneração fácil de ser obtida e com pouco risco: basta alocar o dinheiro no Tesouro Selic, com garantia do governo.
Assim, qualquer empréstimo que traga risco adicional ao credor tende a cobrar um pouco mais do que os juros básicos.
Ou seja, se a Selic sobe, os juros em geral sobem, e as taxas imobiliárias entram nessa conta. Contudo, essa relação não é exata. Em outras palavras, os juros imobiliários sobem com a Selic, mas não na mesma intensidade.
Por exemplo, entre janeiro de 2021 e agosto de 2022, a taxa Selic escalou de 2% para 13,75% ao ano.
Enquanto isso, de acordo com o TradingView, as taxas médias do financiamento imobiliário praticadas pelos bancos saíram de 7,5% para 11,66% ao ano. Depois disso, com a Selic estável, a média chegou a 11,96% ao ano, em abril de 2023.
Um fenômeno similar foi possível de observar entre 2016 e 2020, quando a Selic caiu de 14,25% para 2% ao ano. No mesmo período, a média dos juros imobiliários foi da casa dos 15% para a faixa dos 7% ao ano.
Continue a leitura: Tendências do mercado imobiliário em 2025: o que você precisa saber antes de investir em imóveis
Qual a taxa de juros imobiliários hoje?

Em 2025, as taxas de financiamento imobiliário variam entre os principais bancos do país. A Caixa oferece os menores índices, a partir de 11,3% ao ano + TR, enquanto o Bradesco apresenta as taxas mais altas, chegando a 13,5% ao ano + TR.
Entre as demais instituições, as taxas partem de 12,5% no Santander, 12% no Banco do Brasil e 12,2% no Itaú. Considerando todas, a média do mercado está em torno de 12,3% ao ano + TR.
Além disso, vale ressaltar que esses valores podem mudar de acordo com o perfil do comprador, o prazo do contrato e o relacionamento com cada banco.
Histórico das taxas de juros imobiliários nos últimos 12 meses
Veja abaixo o histórico das taxas de juros imobiliários nos últimos 12 meses nos principais bancos com atuação no Brasil:
| Mês | Caixa | Bradesco | Santander | Banco do Brasil | Itaú |
| Agosto 2024 | 9.8% | 10.5% | 11% | 10.3% | 10.5% |
| Setembro 2024 | 9.8% | 10.5% | 11% | 10.3% | 10.5% |
| Outubro 2024 | 9.8% | 10.5% | 11% | 10.3% | 10.5% |
| Novembro 2024 | 9.8% | 10.5% | 11% | 10.3% | 10.5% |
| Dezembro 2024 | 9.8% | 10.5% | 11% | 10.3% | 10.5% |
| Janeiro | 11% | 11.7% | 12% | 12% | 11.7% |
| Fevereiro | 11% | 11.7% | 12% | 12% | 11.7% |
| Março | 11.3% | 11.9% | 12% | 12% | 12.2% |
| Abril | 11.3% | 11.9% | 12% | 12% | 12.2% |
| Maio | 11.3% | 13.5% | 12.5% | 12% | 12.2% |
| Junho | 11.3% | 13.5% | 12.5% | 12% | 12.2% |
| Julho | 11.3% | 13.5% | 12.5% | 12% | 12.2% |
Qual banco oferece as menores taxas de juros imobiliário em 2025?
Em 2025, a Caixa Econômica Federal lidera entre os bancos que oferecem as menores taxas de juros para financiamento imobiliário.
As condições mais competitivas são destinadas a clientes que mantêm o salário na conta da instituição, ativam o débito automático para as parcelas e contratam ao menos um produto adicional, como cartão ou seguro.
Com esses benefícios, as taxas podem começar em 11,29% ao ano + TR, tornando a Caixa a opção mais acessível para quem busca reduzir o custo total do financiamento.
Como escolher a melhor taxa de juros?
A menor taxa de juros nem sempre é, sozinha, a melhor opção para o financiamento imobiliário. Antes de fechar contrato, vale comparar alguns pontos:
- CET (Custo Efetivo Total): inclui juros, seguros e tarifas, mostrando o custo real do financiamento;
- Prazo e valor da parcela: taxas menores podem estar ligadas a prazos mais curtos ou exigências que aumentam o valor da entrada;
- Benefícios do relacionamento com o banco: manter salário, contratar seguros ou outros produtos pode reduzir a taxa, mas só compensa se esses serviços forem realmente úteis;
- Flexibilidade de negociação: alguns bancos oferecem condições melhores para quem tem bom histórico de crédito ou pode fazer portabilidade no futuro.
O impacto dos juros imobiliários no seu bolso

Na hora de contratar um financiamento, as taxas de juros imobiliários possuem forte impacto na vida financeira de quem adquire um imóvel.
Para exemplificar, vamos utilizar o exemplo de um financiamento que utilize uma taxa prefixada, a mais utilizada pelos bancos. Imaginemos três contratos diferentes:
- Contrato A: taxa de 6% ao ano;
- Contrato B: taxa de 9% ao ano;
- Contrato C: taxa de 12% ao ano.
Considerando um valor financiado de R$ 500 mil, ao longo de 30 anos, pela tabela Price (prestações iguais), a parcela, em cada contrato, seria de, aproximadamente:
- Contrato A: R$ 2.946,85 mensais;
- Contrato B: R$ 3.897,41 mensais;
- Contrato C: R$ 4.908,22 mensais.
Ao fim do financiamento, teria sido desembolsado o valor total de:
- Contrato A: R$ 1.060.866;
- Contrato B: R$ 1.403.067;
- Contrato C: R$ 1.766.959.
Embora a diferença percentual dos juros pareça pequena, isso mostra o quanto impacta o bolso de quem contrata um financiamento.
Além da taxa em si, é importante ficar atento também a outros custos e também ao indexador que pode se somar à taxa. No geral, utiliza-se a TR, mas também há opções como poupança e IPCA, por exemplo.
O que esperar do mercado imobiliário em 2025?

Uma pesquisa da consultoria Deloitte aponta que, de forma geral, o mercado segue otimista, puxado principalmente pelo programa Minha Casa, Minha Vida, que continua sendo um motor importante para o setor habitacional.
Já para os segmentos de médio e alto padrão, a expectativa é de estabilidade, com crescimento limitado.
Um dos pontos que mais deve influenciar o mercado neste ano é o acesso ao financiamento imobiliário.
Com juros elevados e a previsão de que a Selic possa chegar a 15% ao ano, o crédito tende a ficar mais caro e restrito. Essa situação também é impactada pela queda no volume de recursos disponíveis na poupança, que limita a capacidade dos bancos de oferecer condições competitivas.
Na prática, isso significa venda mais lenta, principalmente de imóveis usados, que não contam com tantos incentivos ou subsídios. Ao mesmo tempo, abre espaço para investidores com capital próprio, que podem encontrar preços mais baixos e boas oportunidades de compra.
Outro reflexo esperado é o aquecimento do mercado de aluguéis. Com mais dificuldade para financiar, muitas famílias devem optar por locar imóveis enquanto aguardam melhores condições de crédito.
Leia também: Valorização de imóvel: o que define e como calcular
Encontre imóveis para financiar com os menores juros imobiliários
Agora que você já entendeu como funcionam os juros imobiliários e quais fatores influenciam o financiamento em 2025, fica mais fácil avaliar se este é o momento certo para comprar um imóvel e como garantir as melhores condições.
Afinal, saber como as taxas são formadas e onde encontrar as menores opções evita surpresas e ajuda a planejar melhor o investimento.
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Conclusão
As taxas de juros imobiliários, que atualmente giram entre 11,29% e 13,50% ao ano + TR, tornam cada decisão mais estratégica: não basta olhar só para o banco que oferece o menor número, mas entender o custo final do contrato e o momento certo para fechar negócio.
Para quem tem planejamento ou dinheiro em caixa, o cenário também abre portas. O mercado está mais seletivo, e isso pode significar boas oportunidades para quem sabe negociar ou investir.
No fim, entender como essas taxas se comportam ajuda a evitar escolhas apressadas e dá mais segurança para transformar um imóvel dos sonhos em uma decisão que faz sentido no bolso.
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