Mais do que um simples cartão postal de Vila Velha, o Farol de Santa Luzia é uma experiência única para quem gosta de apreciar a Baía de Vitória e conhecer aspectos históricos do Espírito Santo.

O ponto, que serve ainda de orientação para embarcações recém-chegadas à costa capixaba, tem bastante história e, nos dias de hoje, se revela como um passeio agradável para quem mora na região.

Neste artigo, você conhece um pouco mais sobre a origem do farol e o que dá para encontrar pelos arredores.

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O Farol de Santa Luzia para quem mora em Vila Velha

Em conversa com o MeuLugar, sobre o Farol de Santa Luzia, o capixaba Hudson Nunes Pires comenta que, apesar de ter ido poucas vezes, considera o passeio muito interessante para quem deseja conhecer mais a cidade, já que é um lugar que está de cara nova.

Hudson Nunes Pires

Morador de Vila Velha

“É um monumento antigo, revitalizado e que está muito bonito, então vale a pena ir. Não é somente um farol, agora tem toda uma experiência, com fotos antigas, Sala da Memória, loja e um mirante para tirar foto, porque a vista de lá também é muito bonita”.

E agora que tal conhecer um pouco mais sobre a história do farol que é um dos pontos turísticos mais visitados em Vila Velha?

História do Farol de Santa Luzia

Tido como um dos mais antigos do Brasil, o Farol de Santa Luzia foi inaugurado em 1871 e é uma das principais atrações de Vila Velha, estando situado ao final da Praia da Costa, praticamente ao sopé do Morro do Moreno.

O monumento foi construído com o objetivo de sinalizar a entrada de embarcações pelo canal de acesso da Baía de Vitória, funcionando até os dias atuais para orientar no trajeto ao Porto de Tubarão, terminal graneleiro da Capital Capixaba.

À época de sua construção, o ponto estratégico do farol foi idealizado pelo então ministro da Marinha Imperial, o Barão de Cotegipe, chamado João Maurício Wanderley, ainda durante o reinado do imperador D. Pedro II.

O terreno do farol pertencia a uma propriedade particular que foi doada à União em 1913. Em seguida, a área foi repassada à Marinha do Brasil que desde 1985 é responsável pela atual vila militar de três dependências: casa do faroleiro, Sala de Memória e loja de artesanato.

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Estrutura do Farol de Santa Luzia

O farol tem uma das montagens mecânicas mais antigas do Espírito Santo. Com 12m de altura e pintada de branco, as peças que compõem os 9 m² da torre octogonal metálica foram confeccionadas em Glasgow, na Escócia, em 1870.

Outras peças vieram de um fornecedor de Paris na mesma época, como suas lentes e seu primeiro lampião, que contava com um bico incandescente queimado por querosene para manter o alcance luminoso de 15 milhas náuticas à época.

Embora não possa ser acessado pelo público por questões de segurança, vale saber que o interior do farol tem cabine envidraçada, marcação de pontos cardeais, indicador de vento e um acesso interno feito por escada em formato caracol de ferro fundido.

Faroleiros

Durante anos, a sinalização do farol foi mantida por faroleiros que se revezavam todas as noites para evitar o desabastecimento necessário para manter o mecanismo ativo sem interrupções.

Mecanismos

Ao longo dos anos, o farol passou por diversas intervenções para aprimorar sua eficiência até chegar ao modelo atual, alcançando hoje cerca de 60 km de distância, o equivalente a 34 milhas marítimas.

Antigamente, por exemplo, seu giro era feito em uma estrutura apoiada por uma cuba com mercúrio, mas visando a precisão dos movimentos ininterruptamente durante todos os dias, o elemento acabou sendo substituído por rolamentos magnéticos acionados pela Marinha do Brasil por controle remoto.

Área da Marinha

Do lado de fora, os atrativos ao redor do farol na área mantida pela Marinha têm fachadas que simulam pinturas de embarcações decoradas com apetrechos, como âncoras, lemes, cordas e os famosos nós feitos por marinheiros, além do deck em madeira que é ideal para apreciar o visual do Litoral Capixaba.

Sala da Memória

Inaugurada em 2017, a Sala de Memória foi idealizada e realizada pelo Instituto Histórico e Geográfico de Vila Velha (IHGVV) em parceria com a Capitania dos Portos.

Nela, além de ver equipamentos e mapas de navegação, os visitantes acompanham a narrativa contada pelos desenhos nas paredes que remontam uma linha do tempo, desde a época do navegador Américo Vespúcio até o período da instalação do farol na Praia da Costa.

Loja de artesanato

Ao lado da Sala de Memória, bem na entrada de acesso ao farol, tem ainda uma loja de artesanato para quem quiser adquirir algumas lembrancinhas do passeio, peças de decoração, vestuário e para outros usos, bem como diferentes objetos referentes à cultura capixaba.

Como chegar

Para ter acesso ao Farol de Santa de Santa Luzia, se estiver de carro, deve seguir até o final da Praia da Costa, seguindo as placas de sinalização.

Agora, por ônibus, você pode contar com algumas linhas que passam pela orla da praia e descer em um dos pontos. O mais próximo faz parada na altura do Centro de Reabilitação Física do Espírito Santo (CREFES), a cerca de 750m de distância, ou menos de 10 minutos de caminhada.

Funcionamento do Farol de Santa Luzia

Endereço: Rua Santa Luzia, 2 – Praia da Costa
Entrada: Gratuita, sem necessidade de agendamento para visitas. O passeio dura cerca de 20 minutos.
Horários: Com capacidade para 25 pessoas, o farol funciona de terça a domingo, das 9h às 16h30, prevista para entrada do último grupo de visitantes. Às segundas-feiras, o local é fechado para manutenção.
Telefones: (27) 3149-7353 e 3149-7335 (Subsecretaria de Turismo)

Veja no mapa a localização exata:

Orientações de acesso

Por se tratar de um local de responsabilidade da Marinha, existem algumas orientações de acesso ao espaço, como por exemplo:

  • A visitação deve seguir as normas, horários e formas de uso estabelecidos pelo órgão gerenciador da área;
  • É passível de infração causar danos diretos ou indiretos à Unidade do complexo do Farol Santa Luzia;
  • É proibida a entrada de veículos automotivos, motocicletas ou bicicletas no complexo;
  • É proibida a prática de mergulho ou natação na área adjacente à área do farol;
  • É proibida a vinculação da imagem do Farol a qualquer manifestação que envolva produtos tóxicos, bebidas alcoólicas, cigarros, questões religiosas ou que demonstrem o uso inadequado de uma unidade de conservação;
  • É proibido adentrar nas dependências do Farol com materiais inflamáveis e tóxicos
  • É proibido adentrar nas dependências do Farol portando arma de fogo, faca ou qualquer tipo de material que coloque em risco a integridade física dos visitantes, militares e dos profissionais contratados;
  • É proibido atividades de pesca no local;
  • É proibido o acesso de pessoas com trajes de banho, sem camisa, vestidas de peças inadequadas a uma Organização Militar ou que mantenha conduta incompatível com os objetivos de visitação;
  • Menores de idade devem estar sempre de mão dada com um adulto;
  • Não é permitida a entrada, permanência ou soltura de animais (cães, gatos, cavalos, bois), exceto nos casos previstos na Lei Federal nº 11.126/05 (cães-guia), desde que cumpra os requisitos exigidos na legislação competente;
  • Não é permitida a realização de churrasco ou piquenique na área;
  • Não é permitido consumo de alimentos no local;
  • Não é permitido fumar ou adentrar ao local consumindo bebidas alcóolicas;
  • Não é permitido jogar lixo ou executar quaisquer atividades que impliquem na poluição ou impactos ambientais na área;
  • Não é permitido visitar, sem autorização, as áreas que não sejam de uso público do Farol;
  • Não são permitidos aparelhos de som coletivos ou instrumentos musicais no interior do Complexo, sem a devida autorização prévia;
  • Proibida a entrada de pessoas não autorizadas em locais interditados pela administração da área do Farol.

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