Como é morar em São Cristóvão

Um local que respira a história do Rio de Janeiro. Assim é São Cristóvão, bairro da região central da cidade, conhecido por preservar parte da memória de quando a capital fluminense era sede da monarquia no Brasil. Bastante residencial, São Cristóvão preserva também um ar de cidade interiorana, com calçadas mais estreitas e moradores que se conhecem pelo nome. Vizinho dos bairros do Caju, Santo Cristo, Benfica, Praça da Bandeira, Maracanã, Mangueira e Vasco da Gama, São Cristóvão é também conhecido por ter boa infraestrutura de comércio, trazendo praticidade ao dia a dia de quem mora ali.  “Eu tenho tudo pertinho aqui em casa, padaria, restaurante, supermercado, tudo. Daqui é fácil chegar em todos os lugares do Rio. Não troco minha vida em São Cristóvão por nada”, diz Samara Freire, pedagoga de 37 anos, moradora do bairro desde 2016.

O valor médio do aluguel em São Cristóvão é de R$ 2 mil e o valor médio para comprar o imóvel é de R$ 392 mil.

São Cristóvão é considerado um bairro de classe média. Quem pretende morar na região, encontra imóveis com aluguéis entre R$600 e R$5 mil. Para comprar um apartamento no bairro, o preço médio é de R$389 mil.

O bairro São Cristóvão pode ser considerado um bairro de segurança média, com 50% das avaliações de moradores afirmando que é uma região segura. Além disso, 100% dos avaliadores afirmaram que o bairro possui ruas bem iluminadas e 90% avaliaram não ter risco de alagamentos.

São Cristóvão oferece para quem mora no bairro a praticidade de ter serviços básicos sempre à mão. A região tem padarias, farmácias, agências bancárias, papelarias, estacionamentos privados, Delegacia de Polícia, e uma boa quantidade de restaurantes. 

O bairro tem também boa oferta de hospitais, a maioria de médio ou pequeno porte. A exceção fica por conta do Quinta D’Or, reconhecido pelo tratamento em casos de alta complexidade, com atendimento de emergência 24 horas por dia. 

O Bairro Imperial de São Cristóvão guarda dentro de si parte da memória do Rio de Janeiro e do Brasil. Toda a história escrita e preservada na região, traz para a vida em São Cristóvão o contato diário com cultura, lazer e natureza. 

Pacato na maioria das ruas, São Cristóvão também abriga uma das grandes atrações culturais da cidade: o Centro de Tradições Nordestinas Luiz Gonzaga. O local abriga um grande mercado, com espaço para shows ao vivo, danças típicas, artesanato e uma variedade de comidas tradicionais. 

Os amantes de futebol, também encontram no bairro parte da história do esporte no país. Foi em um clube do bairro, o São Cristóvão, que Ronaldo Nazário de Lima foi revelado. O estádio do clube, considerado o mais antigo do Rio de Janeiro, leva, atualmente, o nome do atleta. 

A vida cultural agitada do bairro remonta, também, à sua história imperial. Lá ficam o Museu Nacional de Arqueologia e Antropologia e o Observatório Nacional. Criado por Dom Pedro I,  o Observatório funciona como um centro de estudos avançados em astronomia.

Morar em São Cristóvão é ter a oportunidade de ter como vizinha uma das áreas verdes mais importantes da cidade: a Quinta da Boa Vista. O parque possui mais de 150 mil metros quadrados e já foi casa da família imperial brasileira. Hoje, o casarão abriga o Museu Nacional de Arqueologia e Antropologia. 

A Quinta da Boa Vista é endereço certo para cariocas e turistas em busca de contato com a natureza. Lá, é possível andar de bicicleta, fazer piqueniques, passear com o pet, praticar exercícios físicos ou apenas tomar um sol sobre a grama sempre muito bem conservada. 

Dentro da Quinta, outra atração da cidade: o BioParque do Rio. Após a reforma do antigo zoológico, o local passou a atrair adultos e crianças de todas as idades para o contato próximo com animais da fauna brasileira e de outros locais do planeta. O passeio (pago) dá direito a passar por dentro de um viveiro de aves que, soltas, costumam fazer a alegria dos visitantes.

Andar por São Cristóvão é se deparar com a história do país. O bairro é uma das heranças do império, e começou a se destacar na vida carioca em 1810, com a vinda da família real portuguesa para o Brasil. O príncipe-regente Dom João VI escolheu o Paço da Quinta da Boa Vista como residência oficial. Lá viveram personagens importantes da história brasileira, como Dom Pedro I, a imperatriz Maria Leopoldina e Dom Pedro II. Antes da chegada da Família Real, a região que deu origem ao bairro era extremamente natural, com praias, áreas verdes e quase nenhum morador. Ao longo do reinado de Dom Pedro II, a partir de São Cristóvão, iniciou-se a instalação de indústrias e a modernização da cidade com a instalação de uma central de telefones - que servia ao Paço da Quinta, e uma rede de postes que levou luz elétrica às ruas. A industrialização mudou o perfil do bairro, fazendo da região um polo econômico marcado, principalmente, por indústrias têxteis.