Experiências
Torrefação própria de grãos, diferentes métodos de extração e ótimos baristas: tomar espresso nesses lugares é experiência muito especial
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Para os cofffee lovers, o prazer de tomar café está na excelência de como a bebida é preparada, envolvendo desde a produção da planta até o momento em que está na xícara. E, mesmo que você não seja um expert, está na hora de tomar um café maravilhoso, nem que seja apenas para curtir a experiência.
A primeira coisa a fazer é escolher o lugar certo para apreciar a bebida. Isso significa que a cafeteria precisa ter, além de excelente barista, grãos de qualidade e oferecer opções de diversas procedências, porque o solo em que o café é cultivado resulta em diferentes aromas, sabores e outras características, exatamente como acontece com o vinho. E, por incrível que pareça, isso não é tudo: os verdadeiros amantes do café valorizam muito as cafeterias que têm torrefação própria, porque ela é essencial para definir o sabor, o aroma e a acidez da bebida.
Cada grão reage de modo diferente ao processo da torra, que dura entre sete a 15 minutos e é dividido em três fases. Na primeira delas, a pirólise, os grãos perdem umidade e é trabalhado o corpo e o aroma do café, muito importantes para a sensação de prazer.
A caramelização, a fase da doçura, é a segunda etapa. Nela ocorre o primeiro crack, quando o grão se abre, e o segundo crack, indicando que o café está quase pronto. A acidez acontece na última fase: quanto antes o café for retirado do torrador, mais ácido ficará.
Depois disso, os grãos vão para um chapa de metal cilíndrica e com furinhos para ventilar e resfriar. Só quando estiverem em temperatura ambiente e descansados é que poderão ser moídos para, aí, fazer aquele café delicioso.
A torra clara é perfeita para ser tirada na máquina de espresso e agrada quem prefere café suave, pouco amargo e mais ácido. A média é mais indicada para métodos coados e apreciados por pessoas que valorizam equilíbrio entre corpo, doçura, amargor e aroma. Já a torra escura produz um café mais ácido, mas que tem sua acidez diminuída com o tempo, prevalecendo o toque de amargor.
Outra coisa bacana que algumas das cafeterias especiais da cidade costumam oferecer é a opção de o cliente escolher diferentes métodos de preparação da bebida, que influenciam no aroma e sabor. O sifão é uma cafeteira que lembra um equipamento de laboratório e resulta em um café “limpo” – quando o resíduo do pó não fica no fundo, interferindo no sabor –, com doçura marcante e sem amargor.
O aram funciona por pressão e, com a ajuda de uma manivela, faz um espresso encorpado, com sabores e aromas potentes. O chemex é o café coado em um filtro mais grosso que o padrão, fazendo com que a bebida tenha características mais “limpas”, sem excesso de óleos essenciais do grão.
Há casas que também preparam cafés com o método aeropress, infusão que deixa o sabor com mais acidez, e Hario V60, aquele filtro com um buraco maior do que o dos filtros convencionais, produzindo um café com sabores bem balanceados.
Crédito de imagens - Destaque: Instagram_Yami | Feed: Letícia Remião & Instagram_William and Sons