Prática de mindfulness por Felipe Rech

Fundador do Instituto Pacífico, o professor de atenção plena elege os locais de conexão com o universo do desenvolvimento pessoal na cidade


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Local

Parque da Redenção

Av. João Pessoa, s/nº - Farroupilha
Porto Alegre

Local

Centro de Estudos Budistas Bodisatva

Rua Garibaldi, 1.368 - Bom Fim
Porto Alegre

Local

Suprem Restaurante

Rua Santo Antônio, 877 - Bom Fim
Porto Alegre

“Porto Alegre representa momentos muito fortes da minha vida."

Depois de sofrer um assalto, Felipe foi buscar a conexão com a vida e passou a ajudar outras pessoas a fazer o mesmo

Publicado em 19 de maio de 2023
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“Porto Alegre representa coisas muito importantes e fortes na minha vida”, revela o fundador do Instituto Pacífico, jornalista e professor de Mindfulness, Atenção Plena, Felipe Rech. Nascido no interior do Rio Grande do Sul e criado em Santa Catarina, Felipe veio morar em Porto Alegre pela primeira vez na década de 1990, com quinze anos, para estudar. Enquanto cursava jornalismo na UFRGS, sofreu um assalto e levou um tiro.

O difícil episódio o fez buscar e querer mais conexão com a vida. “Aquele momento foi o grande propulsor do autoconhecimento e desenvolvimento pessoal, o ponto inicial para chegar onde estou, ajudando as pessoas a encontrarem clareza, leveza, conexão com a vida, para aproveitarem da melhor maneira possível as suas jornadas”, revela. 

Rech é um dos fundadores do Instituto Pacífico, especializado em ajudar indivíduos e organizações a criarem transformações para si e para os outros. “O Pacífico nasceu como resultado do meu processo de transformação e o da minha irmã, que é minha sócia e trabalha há mais de 15 anos com astrologia. Em 2017, reunimos nossas experiências e conhecimentos para criar o Instituto”, conta. 

As principais frentes de atuação do empreendimento são atenção plena (mindfullness), inteligência emocional, constelação familiar, astrologia e ferramentas de desenvolvimento pessoal, com atendimentos individuais, mentorias de transformação e cursos. Inicialmente o Instituto Pacífico nasceu no Mundaréu, loja que vende móveis e objetos de design, localizado no bairro Floresta.

Durante cinco anos, ocupou um estúdio no mezanino, promovendo atividades como clube de meditação, grupos de constelação familiar, seminários de yoga, entre outras. Em 2022, os irmãos mudaram a sede para a Fábrica do Futuro, no mesmo bairro, com uma sala para atendimentos individuais e utilizando a estrutura compartilhada do local para oferecer outras atividades. 

Depois de 17 anos trabalhando no mercado da comunicação, em TVs e agências de publicidade, Rech sentiu necessidade de experimentar algo novo na vida profissional, mas não sabia exatamente o que era. “Fiz uma pequena pausa em um retiro no Instituto Esalen, na Califórnia, para entender o que era esse sentimento. Comecei a aprofundar minha prática na atenção plena, fiz um curso de transformação pessoal e fiquei muito interessado em aprender mais”.

O jornalista foi estudar em São Francisco e passou em uma seleção para receber a certificação do Search Inside Yourself Leadership Institute, instituição desenvolvida dentro da Google, que oferece programas de mindfulness, neurociência e inteligência emocional. Depois de um ano, retornou para o Brasil para então trabalhar com desenvolvimento pessoal.

Relação de amor e ódio com a cidade

Nesse retorno, escolheu mais uma vez Porto Alegre. “Vivi em São Paulo, no Rio e na Califórnia. Sempre que retornava para cá, vinha com outra visão da cidade, de ver o que é bom. Quando a gente opta por voltar para um lugar, precisa de alguma maneira reconhecer as coisas que nos fazem bem e querer viver nesse lugar. É um amor que fui cultivando pela cidade. Ela é realmente importante pra mim”.

Ele brinca que sua relação com a cidade é de amor e ódio. “Ódio que os limites locais impõem e fazem com que a gente vá buscar oxigênio, novidades em outros lugares, movimentos que me fizeram ir para fora, seja para ser mais reconhecido, para experimentar mais sucesso, para buscar mais conhecimento. Isso faz com que às vezes a gente tenha de odiar a cidade para poder crescer. Enxergar que às vezes a cabeça bate no teto e não cabemos mais nesse lugar, fazendo a gente evoluir”. 

Quando fala de amor, Felipe elenca locais onde se sente em casa, como o bairro que atualmente mora, Petrópolis; a vizinhança no Floresta, onde circula pelo Mundaréu, administrado por seu companheiro; as visitas aos amigos no Vila Flores; e as caminhadas até chegar à Fábrica do Futuro. Caminhar, inclusive, é uma ferramenta utilizada por Felipe para se conectar com Porto Alegre. “Adoro transitar pela cidade, me estendo muito por ela. As caminhadas me ajudam a ter ideias, me acalmam e desestressam”, afirma. Ele elege os bairros Bom Fim, Rio Branco e o Centro Histórico para explorar a pé, assim como gosta muito de se deslocar de ônibus. “Adoro pegar ônibus para contemplar Porto Alegre.” 

Aos fins de semana, um dos destinos preferidos é passear de carro até a Zona Sul, em especial a Vila Assunção. “É um momento de contemplação, descompressão, olhar o Guaíba, respirar um ar diferente e se sentir um pouco deslocado da rotina”. O roteiro costuma incluir a visita ao Machry Armazém para um café e fazer umas compras para levar para casa. “É um lugar que faz a gente se sentir conectado, as pessoas estão em outro ritmo, é como uma ida ao interior.”

A Porto Alegre da atenção plena

Felipe elegeu três lugares na cidade que ele se conecta para encontrar o estado de atenção plena. Como é adepto da caminhada como meditação, gosta de fazer o trajeto de sua casa até o Recanto Oriental, no Parque da Redenção, à pé. “Vou da minha casa até o Buda como um ritual. Olho pra ele, cruzo o parque e volto. Não é uma questão de religião, mas a representação da atenção plena dentro da cidade que as pessoas não sabem que existe. Toda a ideia que aquele recanto representa pra mim é um ponto forte de conexão dentro de Porto Alegre. É um excelente local para meditar”, declara. 

Pertinho do parque, Felipe sugere uma visita ao Restaurante Suprem, na Rua Santo Antônio. “Por toda a ideia por trás, a filosofia do Alexis [chef e proprietário da casa], como é feita a comida, o propósito que tem, o Suprem é um lugar de muita atenção plena.”

E, para quem busca se aprofundar em conhecimentos de desenvolvimento pessoal, Rech sugere o Centro de Estudos Budistas Bodisatva, na Rua Garibaldi. “Eles promovem diversas atividades e cursos muito interessantes.”

Créditos de imagem - Destaque: Gabriel Barros | Retrato e feed: Arquivo Pessoal