Você sabia que existe uma fraude no mercado imobiliário, tanto na compra e venda de um imóvel quanto em uma negociação de aluguel, que chega a desviar cerca de 36% de receita de imobiliárias e corretores ao longo de um ano? Pois essa prática tem nome e é mais comum do que se pensa. Neste artigo, você vai saber o que é bypass e como o QuintoAndar tem agido para combater essa prática.
Para explicar melhor, conversamos com Arthur Malcon, Diretor de Operações de Compra e Venda da companhia.
Navegue pelo conteúdo:
- O que é bypass?
- Como combater o bypass?
- Jogando Limpo
- Prejuízo para fraudados e fraudadores
- Entrevista: Diretor de Operações do QuintoAndar fala sobre o que é bypass
O que é bypass?
A fraude é caracterizada depois que o serviço de corretagem é prestado, com comprador e vendedor do imóvel, ou locador e locatário, sendo aproximados pela imobiliária. As partes excluem a imobiliária e os corretores associados do fechamento do contrato, deixando de pagar a comissão de corretagem pelo serviço feito.
No primeiro estudo realizado de comprovação, estimou-se que esse tipo de prática pode chegar a desviar cerca de 9% da receita por fraude por trimestre, resultando em menos comissões para todos os agentes do mercado, incluindo imobiliárias e corretores.
Como combater o bypass?
Maior plataforma de moradia da América Latina, o QuintoAndar lançou recentemente um programa antifraude que busca fiscalizar e agir sobre o desvio de transações imobiliárias iniciadas em sua plataforma e concluídas sem a devida remuneração da empresa e de seus corretores associados.
Para evitar este tipo de situação, o programa antifraude do QuintoAndar conta com um algoritmo que monitora comportamentos suspeitos na jornada de venda de imóveis e robôs. Eles identificam casos de bypass a partir do cruzamento de bases internas, como dados do QuintoAndar, registro do imóvel e ITBI.
Junto a isso, também foi desenvolvido um processo de recuperação de valores, com a realização dos respectivos repasses para imobiliárias membro da Rede QuintoAndar e os corretores envolvidos na transação quando a recuperação do valor é concluída.
Jogando Limpo
Com o lançamento, o QuintoAndar busca reforçar um pilar importante do seu negócio chamado “Jogando Limpo”. O objetivo da companhia é dar mais segurança e transparência não apenas para quem deseja alugar, comprar ou vender um imóvel, como também para todos os profissionais do mercado que atuam em associação ou parceria com o QuintoAndar.
E além do uso de tecnologia, um canal de denúncias foi disponibilizado para que clientes, corretores parceiros e imobiliárias membro da Rede QuintoAndar façam parte dessa boa prática e juntos consigam mitigar a chance de fraude durante as transações.
Arthur Malcon
Diretor de Operações de Compra e Venda do QuintoAndar
“Nossa intenção com o lançamento do programa é reforçar que os corretores associados ao QuintoAndar e as imobiliárias membro da Rede QuintoAndar não percam a receita devida por transações pelas quais foram responsáveis”
Prejuízo para fraudados e fraudadores
Para o corretor, que é um profissional autônomo, o desvio de negociações, além de gerar prejuízo financeiro, gera insegurança e instabilidade, colocando em risco toda a classe de profissionais.
O mesmo acontece na dinâmica da Rede QuintoAndar, que já conta com mais de 250 imobiliárias membros, que se dedicam para ajudar seus clientes a encontrarem o imóvel dos sonhos, e não recebem o valor referente à intermediação, após a sua conclusão, diante do bypass.
“Buscamos atuar intencionalmente para garantir que os devidos repasses sejam feitos pelo serviço prestado, em prol de um mercado mais transparente e organizado”, afirma Arthur Malcon.
Práticas de bypass, além de violarem a legislação brasileira e os acordos firmados entre os envolvidos na negociação, também expõem proprietários, inquilinos e compradores a riscos.
No caso dos proprietários, ao fazerem uma transação direta, abrem mão do contrato feito por especialistas, ampla estrutura de segurança para mitigar vazamento de dados, além de ter um corretor parceiro, especializado na região e no mercado, durante todas as visitas e poder contar com o QuintoAndar até a entrega das chaves.
Já os compradores abrem mão da transparência dos custos da operação desde o momento do anúncio, apoio durante toda a negociação, assessoria do financiamento, orientação durante as etapas junto aos cartórios e bancos, além da análise da documentação do imóvel e do risco da compra, o que aumenta a sua exposição à fraudes financeiras ou à realização de maus negócios.
Leia também: Aluguel sem imobiliária tem vantagens e desvantagens. Entenda
Entrevista: Diretor de Operações do QuintoAndar fala sobre o que é bypass
Conversamos com Arthur Malcon, Diretor de Operações de Compra e Venda do QuintoAndar, que deu mais detalhes sobre como acontece esse tipo de fraude e sobre as medidas tomadas pela companhia para proteger os agentes do mercado imobiliário.
A partir do momento em que uma fraude é detectada, quais são os procedimentos tomados para que os devidos repasses pelos serviços prestados sejam feitos?
Em caso de denúncias envolvendo clientes, analisamos todos os fatos que foram narrados, bem como as provas e o histórico via sistemas do QuintoAndar. A depender da conclusão da análise da denúncia, enviamos advertência ao cliente, ou, no caso de bloqueio de usuário, enviamos uma mensagem comunicando o bloqueio, ambos via e-mail. Para os casos confirmados, enviamos notificação extrajudicial, via e-mail e, em caso de não recebimento extrajudicial, judicializados junto com os parceiros.
Esse tipo de fraude ocorre principalmente em compra e venda ou também acontece em negociações de aluguel?
A fraude acontece nos dois tipos de contrato, mas o risco de bypass causa mais dano nos contratos de compra e venda, por conta do alto valor da transação.
Como a prática do “bypass” pode se tornar um “barato que sai caro” para quem compra e vende imóvel e embarca nesse tipo de fraude? Ou as medidas legais que são tomadas visam apenas o ressarcimento dos agentes que prestaram serviços?
A prática de bypass expõe proprietários, compradores e locatários a diversos riscos, como a perda de valores importantes e, em casos extremos, até mesmo do imóvel. Isso porque, nem sempre o contrato é feito por um especialista em transações imobiliárias, que privilegia o interesse das duas partes.
Além disso, conforme rege a Lei do Inquilinato, eles também ficam sujeitos a cobranças judiciais ou extrajudiciais pelos prejuízos causados a todas as partes envolvidas na transação. O diferencial do QuintoAndar é que o cliente tem acesso a especialistas que analisam a situação do imóvel, o risco da transação e a real possibilidade de compra, fazendo com que a transação seja ainda mais segura.
Uma vez instaurado um processo contra os envolvidos, isso pode inviabilizar o negócio, por exemplo?
A identificação da fraude pelo QuintoAndar acontece somente após a conclusão da transação. Ou seja, somente depois que o contrato foi assinado. Por isso, é muito importante que as partes se mantenham atentas aos riscos que correm ao transacionarem fora da plataforma, já que, muitas vezes, o dano é irreversível.
Que tipo de ações o QuintoAndar tem feito ou pretende fazer para educar seus clientes (compradores e vendedores de imóveis) sobre os riscos do “bypass”?
Todos os contratos do QuintoAndar são fechados com apoio de um corretor parceiro da plataforma, especializado no mercado imobiliário. Além de tirar dúvidas e acompanhar todo o processo, esse profissional é responsável por conscientizar as partes sobre os riscos das fraudes imobiliárias.
Produzimos uma série de conteúdos, como a nossa página de segurança, que mostra como identificar identificar fraudes, os riscos que elas envolvem, além de orientar em casos de denúncias.
Além disso, está previsto no contrato dos parceiros, dos proprietários e nos termos de uso da plataforma a irregularidade do bypass e o risco de fazer a transação sem o acompanhamento do QuintoAndar.